A obra examina a concepção benjaminiana de materialismo histórico pela
via da estética e da arte, tomando como base o ensaio “Eduard Fuchs,
Colecionador e Historiador”, de Benjamin, pouco trabalhado pela recepção
crítica brasileira, mas fundamental no pensamento do filósofo, por trazer o
esboço de uma história materialista da cultura. A análise avança em três
frentes – a caracterização do historiador e colecionador Eduard Fuchs e sua
coleção, a abordagem do pano de fundo histórico em que surgiu sua obra (a
social-democracia) e a imersão dos elementos frutíferos da obra de Fuchs
tomados em consonância com as reflexões epistemo-críticas de Benjamin – e
articula esse texto inicial com outros escritos benjaminianos, revelando a
importância do colecionador e da coleção: ao trazerem para o presente obras de
arte de outrora relacionadas às massas e difamadas pela tradição estética
dominante, constituem elementos essenciais de reconfiguração do passado,
instância que reúne as condições indispensáveis para mobilizar as forças
históricas que são o móbil para as mudanças e rupturas necessárias no presente.
Autor: | João Lopes Rampim |
Assunto: | Filosofia |
Editora: | Unifesp |
Ano: | 2018 |
Acabamento: | Brochura |
Páginas: | 224 |
ISBN: | 9788555710360 |
Edição: | 1ª |
Formato: | 14x21 |
Peso: | 0.290 Kg |